Carlos Alberto Sardenberg ministra palestra em Goiânia.

O objetivo foi oferecer a seus convidados, clientes e investidores, um panorâma econômico traçado por uma fonte qualificada e de credibilidade. “Muito se fala e especula a respeito de nossa economia, por isso resolvemos oferecer esta conferência, para que as pessoas com quem nos relacionamos pudessem ter a oportunidade de se informar”, disse o diretor Queiroz Silveira, Rogério Queiroz Silveira.

Com muita simpatia e com uma abordagem bastante didática, Sardenberg traduziu o “economês” e falou sobre os desafios para que o Brasil se torne um país rico. “Isto é totalmente possível, mas não é uma consequência natural ou uma questão de sorte. Depende da implantação e cumprimento de políticas públicas sérias”, disse. A melhoria do ambiente de negócios, o aumento do investimento em infraestrutura, a privatização das estatais são alguns dos pontos que ele defendeu. “Apesar das críticas que recebe, o capitalismo tem sido um instrumento de geração de emprego e renda”.

O jornalista apontou seus avanços do País desde a década de 90, quando o Plano Real conseguiu liquidar uma inflação que ultrapassou a casa 200 bilhões pontos percentuais nos dez anos que o antecederam. Contudo, apontou que agora é preciso que o governo previna-se para conter o baixo crescimento – neste ano, estimado em 3% , e a inflação – que, na última década, chegou a 87%. “Isso é pouco em comparação ao passado, mas é muito em comparação a países do Mercosul, que estão com taxas bem menores”, disse.

“Paisão”
Apesar dos desafios, Sardenberg salientou que o Brasil possui predicados que fazem dele um “paisão”, em vários sentidos. Além da grande extensão, tem o sexto Produto Interno Bruto (PIB) mundial, é o oitavo consumidor mundial de petróleo, o quarto maior consumidor de telefones e o terceiro de computadores. É o quinto em número de usuários da internet do Planeta.

Em relação ao mercado imobiliário, salientou que o país tem um grande espaço de crescimento, dado ao déficit habitacional. O crédito imobiliário que já avançou em volume, ainda representa apenas 5% do PIB. “Somente em 2012, o crédito para aquisição de imóveis passou a ser maior do que de carros”, pontuou. Nos países desenvolvidos, o crédito imobiliário é de 30%, em média.

Fonte: http://www.guiasweb.com.br/noticia_8678-sardenberg_palestra_para_convidados_da_queiroz_silveira_em_goiania.htm